Meu marido me enviou esse texto (clique aqui) que foi o melhor depoimento que já li e que já me identifiquei. Ela aborda muitos pontos que às vezes não consigo explicar bem para quem me pergunta.
Define quase que por inteiro o que sinto,quais os mecanismos que uso para minha "proteção" e como tento lidar com isso diante da sociedade e dos amigos. Há alguns anos eu resolvi falar abertamente sobre isso, depois de tanto tempo sofrendo por ter que dar desculpas para não ir a uma festa ou a um encontro de amigos, e isso já é um grande alívio. Quem não quis ficar ao meu lado, não quis nem com desculpa, nem com a verdade.
Na minha experiência, pouquíssimas pessoas estiveram ao meu lado, dispostas a me visitar, me chamar para sair do sofá e tomar um pouco de sol ou até mesmo em perguntar como poderiam me ajudar. Muitos curiosos apenas perguntam o que eu sinto. Não, não tenho medo de morrer como a maioria dos panikentos, tenho plena consciência do que eu tenho, só ainda não sei lidar muito bem quando o monstrinho da ansiedade aparece, apesar de ter melhorado bastante de um ano e meio para cá.
Quando digo pouquíssimas pessoas, falo sobre uma amiga (sim uma que já aguentou piti em viagem e ainda não desistiu de viajar comigo de novo), a minha família que sempre esteve ao meu lado, meu marido que foi a maior benção na minha vida e a família dele que me deu um carinho tão natural, que eu só poderia me sentir bem no meio deles.
Se sinto falta do amparo de outras pessoas? Sinto sim, não serei mentirosa nem hipócrita em dizer que não, mas sei que ninguém é obrigado e que se espero reciprocidade, eu devo trabalhar isso em terapia também.
Então, se você tem pânico, esse texto pode te ajudar bastante e ver que a luz no fim do túnel não é o trem, é a luz do sol mesmo Emoticon grin
Se alguém que você ama sofre com isso, leia também, vai te ajudar a entender e lidar com isso da melhor forma possível, pq quem tem pânico ou qualquer outro transtorno não é coitadinho e nem quer ser visto como vítima, precisamos apenas de amparo e amor, o que é bem diferente de mimo.
O texto é grande, mas vale a pena a leitura, caso você tenha interesse em me conhecer de verdade nessa fase da vida, pq não acredito em cura, mas acredito que um dia não terei mais que recusar convites e que viverei com qualidade, sem estar em alerta o tempo inteiro. E quem quiser perguntar, pergunte, não ofende, mas pergunte se você realmente tiver interesse e não apenas por curiosidade e responder com um: "Nossa!"
Ju Miranda
Um pouco de tudo Um pouco de nada
quarta-feira, 6 de maio de 2015
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Grupos Sociais
A primeira lembrança que tenho sobre a minha fascinação por grupos sociais foi mais ou menos aos 11 anos quando descobri que a música que eu curtia, influenciada pelos meus pais, era rock n´roll e que vários outros ritmos existiam, mas eu não os conhecia ou não sabia identificá-los. Daí então, comecei a me inspirar nos trajes das bandas para compor meus looks. A razão da minha escolha pela moda foi pelo mesmo motivo e nessa época os grupos sociais eram chamados de "tribos urbanas"*. Praticamente os 4 anos me inspirei neles para fazer meus trabalhos criativos. Lembro-me de ter estudado sobre rockers, hippies, góticos, patricinhas e mauricinhos, etc... Até que veio meu TCC e o tema escolhido para a coleção foi mais um grupo, os punks, só que dessa vez em um contraste com o barroco, representando um pouco a minha inconstância... rs Mergulhei no universo com muita pesquisa, leitura e até uma ida à Galeria do Rock entrevistar punks para ver mais de perto o estilo de vida deles. Finalmente descobri o sentido desses grupos, eles não vivem de modinha e sim de estilo de vida. Punks e rappers, por exemplo, lutam por liberdade e igualdade social, mas o estilo de vida dos dois grupos são diferentes.
E o que é estilo de vida?
A grosso modo, é aquilo que você acredita, o motivo pelo qual você luta, o que você come, a música que você ouve, a roupa que você veste, os lugares que você frequenta e a maneira como você se comporta.
Para você se encaixar em um grupo ou levar o "rótulo" é preciso se comportar de uma maneira específica, pois senão de nada adiantará colocar uma jaqueta de couro e achar que é punk, pintar o olho de preto achando que é gótico ou uma saia rodada e sair falando que é pinup. E cá entre nós, rótulo não faz ninguém feliz.
E o que é estilo de vida?
A grosso modo, é aquilo que você acredita, o motivo pelo qual você luta, o que você come, a música que você ouve, a roupa que você veste, os lugares que você frequenta e a maneira como você se comporta.
Para você se encaixar em um grupo ou levar o "rótulo" é preciso se comportar de uma maneira específica, pois senão de nada adiantará colocar uma jaqueta de couro e achar que é punk, pintar o olho de preto achando que é gótico ou uma saia rodada e sair falando que é pinup. E cá entre nós, rótulo não faz ninguém feliz.
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Moda x Estilo
Muitas pessoas ainda confundem moda e estilo. Segue uma
breve definição de cada um desses conceitos. Ao final deste post, Olhos de
Jabuticaba traz ainda uma série que abordará a valorização de cada pessoa
dentro do seu estilo e tipo de corpo. Espero que gostem dessa série e
aproveitem para compor seus looks, seja no dia-a-dia ou para um evento.
Na
pré-história, surgiu a necessidade do homem se proteger do frio e as peles de animais
foram utilizadas. Mais tarde, a necessidade se transformou em aspecto cultural,
diferenciando classes sociais.
Nosso guarda
roupa comunica ao mundo quem somos, o que fazemos, os lugares que frequentamos,
nosso papel na sociedade. A moda é um fator de diferenciação e não é vista só
nas roupas, mas também em lugares, músicas, expressões, literatura, gastronomia
e arquitetura. É válida por um período de tempo.
A moda em 1900 com saia longa e gola alta, cobrindo o corpo feminino.
60 anos depois, Twiggy, a modelo que trouxe a moda das mulheres magras,
com as pernas de fora.
Já o estilo
é atemporal, ou seja, ele é seu e não tem um tempo para mudar ou acabar. É a
maneira como você enxerga o mundo e se expressa. O modo como você se veste, a
maquiagem que usa, como combina os acessórios... é algo só seu, seu estilo pessoal.
Gabrielle Chanel revolucionou o mundo com
seu estilo de roupas mais livres e confortáveis.
Os 7 estilos femininos são: esportivo ou
natural, o elegante, o tradicional, o romântico, o sexy, o
criativo e o moderno.
Nos próximos posts, Olhos de
Jabuticaba definirá os 7 estilos e dentro de cada um, qual a peça certa para
seu corpo.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Bodas de papel
Estava eu decepcionada, achando que jamais encontraria um
homem de verdade para dividir a vida comigo e nem querendo me envolver com
ninguém, tamanha decepção que havia acabado de passar.
Até que a vida, sempre sábia e no seu tempo certo, me coloca
em contato com o amigo de uma amiga. Por causa do vestido pink dela em uma foto,
surgiu uma amizade tímida e discreta. Depois de alguns dias, um jantar com
jogos de tabuleiro na minha casa nos aproximou ainda mais. Eu achava que um
cara culto jamais se interessaria por alguém tão ligada em moda, pois a maioria
acha futilidade. Mas não é que julguei o livro pela capa? O interesse dos dois
foi aumentando e indiretas em forma de música dos Beatles, nossa paixão em
comum, foram trocadas até o dia que nos beijamos e nunca mais nos separamos.
Deus não poderia ter me enviado marido melhor. Atencioso,
companheiro, carinhoso, lindo, gentil, educado, inteligente... e chega por aqui
senão ele vai ficar se achando! rs
sábado, 5 de maio de 2012
Sobre ondas, que não são as do mar nem as do rádio
Esse é um post-desabafo. Já deixo claro que NÃO tenho
preconceito com religião, raça, sexo, tamanho, etc... estou aqui refletindo por
meio de palavras sobre o que realmente importa.
Tem algumas posturas nas redes sociais que me incomodam, mas
não por ser online e sim porque elas se tornam falta de ação ou ação com o
intuito apenas de chocar na vida real.
Vou citar apenas as que estão em voga, mas tem muitas outras
que podemos considerar, é só pensar um pouco que até nós mesmos temos esses
tipos de postura em alguns momentos da vida.
Ateus e cristãos (aqueles que creem em Jesus)
Por que cargas d´água eles tem que entrar em guerra o tempo
inteiro já que dizem desejar, além de respeito, um mundo melhor? Tem uma frase
pronta que todos podem usar “Respeite para ser respeitado”, é tão simples. Cada
um acredita no que quer, não precisa essa troca de insultos o tempo inteiro.
Mas sabe o que é o pior de tudo isso? Ateu que fica sentado dia e noite em frente
ao computador atacando religiões e “religioso” que fica postando que ama Deus,
que precisa de Jesus... Mas o que os dois estão fazendo? NADA.
Cristão: Você vai ficar mais perto de Jesus se fizer o que
ele mesmo fez. Não, não é ser crucificado, se você leu o evangelho ou a bíblia
vai saber que eu estou falando de CARIDADE. Essa é a máxima de
Jesus e eu como cristã* sei do que estou falando. Ah, tem também religiões que não
são cristãs, mas que também são lindas e ensinam muito. Li uma vez que na Índia
existem deficientes porque é um país de muitos deuses. Informe-se antes, pois o
hinduísmo é muito mais antigo que o cristianismo. E preconceito é muito feio,
diante de qualquer Deus!
Ateu: Se você quer um mundo melhor, vai ler para uma criança
carente, dar comida para um cachorro, salvar um gato, abraçar um idoso... Mesmo
acreditando em Deus, não tenho problema nenhum em ter amigos ateus e de outras
religiões.
Gordas e Magras
Mais uma vez: “Respeite para ser respeitado”. Não entendo de
jeito nenhum gorda que diz que magra é sem graça... Poxa, eu fico triste quando
vejo que as meninas plus tem esse tipo de comportamento. Não é porque sou uma
magra que apoia ou tenta apoiar, melhor dizendo, o movimento plus size, mas
porque foi tanto tempo para mudar o tal “padrão de beleza” e agora que
começaram a conseguir, elas invertem o jogo e começam a ofender quem é
diferente? Qualquer mulher pode ser linda, é só querer, se aceitar e se
valorizar. Não precisa ficar posando pelada com uma almofada tampando os peitos
e se expondo, se preserve. Nem magra nem gorda precisam disso. Sensualidade não
vem da falta de roupa. Mais uma coisa: moda é cíclica, nos anos 50 as mulheres
tomavam remédios para engordarem, pois era considerado feio ser magra; a partir
dos anos 60, com a Twiggy, é que veio a moda das magras que perdurou até hoje.
Mas, sinceramente, acho que as mulheres deveriam se unir para mostrar beleza e
capacidade e não ficar com essa picuinha toda de fazer festa fechada pra plus
size, isso me lembra nos anos 90 que não podia entrar de tênis em determinadas
baladas.
Enfim, meu desabafo está completo, apenas por hoje. Eu gosto
da diversidade, mas acho que falta a “diversidade” respeitar o diferente!
terça-feira, 24 de abril de 2012
Combinandinho
Sabe aquele conjuntinho que chamamos de careta ou de pijama,
ou até soltamos aquela frase: “É de vovó!" ?Pois é, o hit dos anos 60 está de
volta. Várias marcas resgataram as peças
combinandinho e é a tendência do inverno de 2012.
domingo, 22 de abril de 2012
Crise fashion de uma balzaca
Nunca pensei que fosse passar por uma crise de estilo aos 31 anos, apesar de ter tido muitas ao longo da vida! Sempre tive duas grandes paixões: Música e Moda. Na primeira me inspirava (e ainda me inspiro) para mostrar a segunda. Na adolescência (15 anos atrás) isso não foi nada fácil. Em uma época em que as meninas usavam cabelo platinado, mini saia branca e sandália de festa para ir para a balada, eu pintava o cabelo num tom avermelhado, as unhas de preto, usava coturno com vestido xadrez e anéis em todos os dedos. Como era muito nova, piercings falsos completavam o visual. Sim, sofri o tão falado bullying, chegaram a me chamar de "drogada" porque eu me vestia de maneira diferente, e eu só estava querendo ser eu mesma!
Alguns anos depois, em reencontros, vejo as mesmas pessoas que tanto me criticavam usando quase que as mesmas coisas que eu usava, mas porque virou tendência. Vestido com bota, unhas coloridas de azul e verde, cabelo muito mais vermelho que o meu. Mas segui minha vida antecipando tendências, porque é meu talento! Claro que hoje tenho um estilo diferente do que tinha na adolescência. Conforme o tempo vai passando, vamos conhecendo coisas novas, que influenciam nosso modo de vida e nosso guarda roupa! E é super saudável, mostra flexibilidade, evolução e maturidade. A crise dos 31 tem muito mais a ver com o que está acontecendo na moda e na música do que comigo. Tudo está padronizado, igual, sem novidade. Apesar de ser um mundo um pouquinho mais democrático, o que me deixa inquieta é que ser alternativo deixou de ser underground.
E você, o que pensa sobre o assunto? Já teve crises de estilo?
Alguns anos depois, em reencontros, vejo as mesmas pessoas que tanto me criticavam usando quase que as mesmas coisas que eu usava, mas porque virou tendência. Vestido com bota, unhas coloridas de azul e verde, cabelo muito mais vermelho que o meu. Mas segui minha vida antecipando tendências, porque é meu talento! Claro que hoje tenho um estilo diferente do que tinha na adolescência. Conforme o tempo vai passando, vamos conhecendo coisas novas, que influenciam nosso modo de vida e nosso guarda roupa! E é super saudável, mostra flexibilidade, evolução e maturidade. A crise dos 31 tem muito mais a ver com o que está acontecendo na moda e na música do que comigo. Tudo está padronizado, igual, sem novidade. Apesar de ser um mundo um pouquinho mais democrático, o que me deixa inquieta é que ser alternativo deixou de ser underground.
E você, o que pensa sobre o assunto? Já teve crises de estilo?
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