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quarta-feira, 6 de maio de 2015

EU, o pânico e os outros

Meu marido me enviou esse texto (clique aqui) que foi o melhor depoimento que já li e que já me identifiquei. Ela aborda muitos pontos que às vezes não consigo explicar bem para quem me pergunta. 

Define quase que por inteiro o que sinto,quais os mecanismos que uso para minha "proteção" e como tento lidar com isso diante da sociedade e dos amigos. Há alguns anos eu resolvi falar abertamente sobre isso, depois de tanto tempo sofrendo por ter que dar desculpas para não ir a uma festa ou a um encontro de amigos, e isso já é um grande alívio. Quem não quis ficar ao meu lado, não quis nem com desculpa, nem com a verdade. 

Na minha experiência, pouquíssimas pessoas estiveram ao meu lado, dispostas a me visitar, me chamar para sair do sofá e tomar um pouco de sol ou até mesmo em perguntar como poderiam me ajudar. Muitos curiosos apenas perguntam o que eu sinto. Não, não tenho medo de morrer como a maioria dos panikentos, tenho plena consciência do que eu tenho, só ainda não sei lidar muito bem quando o monstrinho da ansiedade aparece, apesar de ter melhorado bastante de um ano e meio para cá. 


Quando digo pouquíssimas pessoas, falo sobre uma amiga (sim uma que já aguentou piti em viagem e ainda não desistiu de viajar comigo de novo), a minha família que sempre esteve ao meu lado, meu marido que foi a maior benção na minha vida e a família dele que me deu um carinho tão natural, que eu só poderia me sentir bem no meio deles. 


Se sinto falta do amparo de outras pessoas? Sinto sim, não serei mentirosa nem hipócrita em dizer que não, mas sei que ninguém é obrigado e que se espero reciprocidade, eu devo trabalhar isso em terapia também. 


Então, se você tem pânico, esse texto pode te ajudar bastante e ver que a luz no fim do túnel não é o trem, é a luz do sol mesmo Emoticon grin
Se alguém que você ama sofre com isso, leia também, vai te ajudar a entender e lidar com isso da melhor forma possível, pq quem tem pânico ou qualquer outro transtorno não é coitadinho e nem quer ser visto como vítima, precisamos apenas de amparo e amor, o que é bem diferente de mimo. 




O texto é grande, mas vale a pena a leitura, caso você tenha interesse em me conhecer de verdade nessa fase da vida, pq não acredito em cura, mas acredito que um dia não terei mais que recusar convites e que viverei com qualidade, sem estar em alerta o tempo inteiro. E quem quiser perguntar, pergunte, não ofende, mas pergunte se você realmente tiver interesse e não apenas por curiosidade e responder com um: "Nossa!"



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